Legado, sabores e afeto: as meninas da Dona Lahila 5n204g

Cravado no Centro de São João, o Café Lafarrihe é daqueles lugares que dispensam firulas e entregam, na primeira bocada, uma história inteira.
 
Toda vez que provo as maravilhosas esfihas servidas ali, penso que é sempre digno de reverência quando os descendentes honram o herdado de seus ancestrais. Desde 1996, Rita, filha da matriarca Lahila Yazbek, vem mantendo viva a chama do fogão que tanto deleitava os queridos com sabores e afeto.
Filha de libaneses, dona Lahila era quituteira de mão cheia, dessas que transformam as em pontes de carinho. Com talento abençoado e uma generosidade que transbordava do prato, fez da cozinha não só um espaço de aconchego, mas também o ganha-pão da família.
Quando Rita abriu as portas do café, não quis apenas servir comida libanesa, quis partilhar um legado. E ela não está sozinha nessa missão. Suas filhas, Flávia e Fabiana, mergulharam com entusiasmo nesse pequeno negócio que tem a alma e o DNA dos Yazbek.
 
Flávia, mestre confeiteira, adicionou ao menu doçuras primorosas, algumas sem ligação direta com as receitas do Oriente Médio, mas todas com o mesmo apuro no fazer.
No cardápio do Lafarrihe, as esfihas se juntam aos charutinhos, ao quibe, ao babaganoush, ao tabule, entre outros quitutes que contam, sem palavras e com múltiplos aromas, a história de superação dos imigrantes e a preservação cultural pelas novas gerações.
 
Cada garfada ali tem sotaque, memória e um amor que atravessa o tempo e os oceanos.
 
 
Lauro Augusto Bittencourt Borges é bancário e membro da Academia de Letras de São João da Boa Vista - Instagram: @lauroborges
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Toda vez que provo as maravilhosas esfihas servidas ali, penso que é sempre digno de reverência quando os descendentes honram o herdado de seus ancestrais. Desde 1996, Rita, filha da matriarca Lahila Yazbek, vem mantendo viva a chama do fogão que tanto deleitava os queridos com sabores e afeto.
Filha de libaneses, dona Lahila era quituteira de mão cheia, dessas que transformam as em pontes de carinho. Com talento abençoado e uma generosidade que transbordava do prato, fez da cozinha não só um espaço de aconchego, mas também o ganha-pão da família.
Quando Rita abriu as portas do café, não quis apenas servir comida libanesa, quis partilhar um legado. E ela não está sozinha nessa missão. Suas filhas, Flávia e Fabiana, mergulharam com entusiasmo nesse pequeno negócio que tem a alma e o DNA dos Yazbek.
 
Flávia, mestre confeiteira, adicionou ao menu doçuras primorosas, algumas sem ligação direta com as receitas do Oriente Médio, mas todas com o mesmo apuro no fazer.
No cardápio do Lafarrihe, as esfihas se juntam aos charutinhos, ao quibe, ao babaganoush, ao tabule, entre outros quitutes que contam, sem palavras e com múltiplos aromas, a história de superação dos imigrantes e a preservação cultural pelas novas gerações.
 
Cada garfada ali tem sotaque, memória e um amor que atravessa o tempo e os oceanos.
 
 
Lauro Augusto Bittencourt Borges é bancário e membro da Academia de Letras de São João da Boa Vista - Instagram: @lauroborges
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João de São Joao
05/06 15:12
Cada história vinda da pena do Lauro, é um misto de prazer com devaneio!
Que delícia!
Parabéns pelas crônicas, Lauro!

Benedito Pereira
Sao Joao da Boa Vista
08/06 09:58
Familia maravilhosa Dona Lahila maravilhosa e deixou seu legado as filhas Rita Helena e as duas Netas que a muito tempo nao havia sido tratado tao bem como fui tratado pela filha da Rita uma maravilha de pessoa carisma especial ei para uma visita e logo fui surpreendido com uma esfiha e um cafezinho, adorei alegrou meu dia ser atendido com tanto carinho valeu viu... vale a pena visitar